Duas peças best-sellers dos anos 1960 pintaram nas passarelas influentes de Balenciaga e da Prada.

Prepare-se para a gola rulê e as minissaias, ícones dos sixties que voltam para repetir o sucesso do passado.

A inovadora década de 1960 é a mais nova tendência antiga que a moda está recuperando

A volta da Rulê

É rulê, rolê ou roulé, como em francês?

Seja como for, ela está de volta.

A origem da gola rulê atual (que também é conhecida como gola olímpica, turtleneck ou Cacharel) vem dos uniformes dos operários nas fábricas japonesas, no período pós-guerra.

Como os funcionários não tinham o que vestir, as grandes companhias forneciam a blusa como um uniforme, que virou uma maneira de vincular o funcionário à empresa.

Inspirado por esta história, o estilista Issey Miyake, criou os uniformes para os funcionários da Sony.

Quando esteve no Japão, nos anos 1980, Steve Jobs conheceu Miyake e encomendou para ele um modelo preto de gola alta (como os criados para Sony) para virar sua marca registrada ao se apresentar publicamente.

Origem da rulê

Porém, a gola rolê já fazia parte da moda ocidental desde o século XV, adornada com babados e principalmente na moda masculina europeia.

No entanto, foi no século XIX que ela tomou as formas que conhecemos hoje, usada por trabalhadores, artistas e intelectuais.

A partir do século XX, ela ganhou ares de contracultura e rebeldia, sendo quase um uniforme dos existencialistas, que décadas depois seriam apelidados de beatniks.

Um exemplo de look beatnik foi usado por Audrey Hepburn no filme “Cinderela em Paris”.

Embora Greta Garbo já fosse adepta da gola alta nos anos 1930, foi a partir de 1940 que as divas do cinema ficaram realmente marcadas pela turtleneck.

Ícones da moda, estrelas de cinema como Lauren Bacall, Audrey Hepburn, Marilyn e Brigitte Bardot, posaram para muitas fotos com as blusas de gola alta.

Mas a gola alta alcançou o topo, na geração que amava os Beatles e os Rolling Stones, no início da década de 1960.

Foi a modelo e atriz Twiggy, muito magra, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador, que incentivou as mulheres a perderem peso para se enfiarem nas malhas de gola alta.

Com ela surgiu a silhueta graveto, com mulheres tipo “sem”.

Sem bumbum, sem seios e sem quadris.

Nos anos 1970 a gola alta surgiu remodelada e com o nome do estilista francês Cacharel, embora ele nunca tenha criado nada semelhante. Este formato de blusa viralizou na época.

Adote já

  • Peças com a gola cobrindo todo o pescoço, são associadas às temperaturas baixas, mas em fios leves podem ser usadas também no verão e ficam encantadoras com mangas curtas ou cavadas.
  • A gola rolê é bom recurso para alongar a silhueta e o rosto e poderosa para disfarçar pescoços maduros.
Xico Gonçalves
Xico Gonçalves
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