Não pense que Christian Dior continua criando seus modelos psicografados do além.
Com a morte ou aposentadoria dos estilistas que deram nome a empresa é normal novos estilistas tomarem o lugar.
Esta semana Riccardo Tisci deixou a Givenchy depois de doze anos de direção artística para possivelmente assumir a Versace. O estilista é amigo pessoal de Donatella Versace e adorado por Madonna que atualmente tem sido vista com suas criações criativas e inovadoras. A troca de cadeiras também rolou na Calvin Klein que substituiu o brasileiro Francisco Costa pelo influente Raf Simons
Novos designers, além de um enorme talento para fazer roupas fantásticas (e comerciais) precisam ter uma boa circulação entre as editoras, celebridades e personalidades da moda para que suas propostas vinguem.
A Maratona da Moda
Hoje, espera-se que os estilistas produzam trabalhos maiores, melhores, mais rápidos e – mais baratos.
Um cantor pode parar depois que ele ou ela tenham feito dez grandes canções, um diretor pode terminar sua carreira uma vez que tenha feito cinco filmes incríveis, um escritor só precisa escrever três ótimos livros.
Agora pense nos estilistas – eles produzem de seis a oito desfiles por ano, a maioria dos designers têm uma carreira de 20 anos, portanto, é preciso criar cerca de 250 coleções nesse tempo!
Atualmente existem novos nomes que dão gás nos lançamentos em um momento de crise internacional da moda.
Relacionei todos os novos grandes nomes e onde eles desenvolvem suas criações, apesar que a última moda parece não estar mais nas roupas e sim no troca-troca dos designers.
Quem gosta de futebol sabe de cor e salteado o nome dos craques que estão se destacando no mundo do esporte.
Na moda também novos talentos aparecem do nada e se transformam em “tudo” de uma estação para outra substituindo os velhos mestres mortos ou aposentados.
Uma seleção de criadores desconhecidos estão ficando famosos em casas tradicionais da costura francesa
Uma via de mão dupla.
Os novos desfrutam do prestigio de nomes consagrados para expor suas propostas e as maisons afastam os fantasmas do passado, renovando a linguagem perante os consumidores.
Parcerias de sucesso
Os pioneiros
Karl Langerfeld
Ele ressuscitou o mito Chanel a partir de 1983.
Foi o primeiro estilista consagrado a assinar coleção com outra bandeira.
Atualmente também cria para lojas de fast fashion pelo mundo.
Em 2016 ele lançou uma coleção capsula para as Lojas Riachuelo.
John Galliano
Mudou a cara da Dior depois de anos de Jean Franco Ferré.
Alguns anos depois de sua demissão da Dior, o ousado estilista britânico trabalha atualmente na direção criativa da Maison Martin Margiela. A combinação é estranha, já que o estilista é um símbolo do maximalismo, movimento supostamente contrário ao da Margiela, mas a parceria está durando.
Tom Ford
Thomas Carlyle “Tom” Ford nasceu em 27 de agosto 1961.
Fez voltar a moda a marca Gucci e também foi diretor criativo da Yves Saint Laurent em 2006.
Marc Jacobs
Pioneiro no estilo da Louis Vuitton (criou um conceito de roupas para esta empresa famosa pelas bolsas e malas). Nicholas Ghesquère é o novo estilista da marca.
Nicholas Ghesquière
Nascido em 9 Maio de 1971, na França.
Renovou uma grife aposentada, a Balenciaga e atualmente é o estilista da Louis Vuitton. Esteve no Brasil no lançamento da coleção cruise.
Troca Troca em 2016
Demna Gvasalia da Vêtements estreou na Balenciaga com a saída de Alexander Wang.
Hedi Slimane saiu da Saint Laurent dando lugar para Anthony Vacarelly.
Maria Grazia Chiuri estreou como a primeira estilista feminina na Dior com a saída de Raf Simons.
Pierpaolo Piccioli fez seu primeiro vôo solo na Valentino, sem Maria Grazia Chiuri.
Alexandro Michele colocou a Gucci no topo.
Substitutos à altura
Lars Nilssons
Lars Nilsson nasceu em 1966 em Estocolmo , na Suécia.
Trabalhou em muitas grifes incluindo Christian Lacroix, Christian Dior, Ralph Lauren, Bill Blass, Nina Ricci, Gianfranco Ferré (saiu em 2018), Comptoir des Cotonniers, Princesse tam.tam e na sua linha masculina Mr. Nils. Na Nina Ricci foi muito aplaudido pelos editores internacionais.
Alber Elbaz
Nascido no dia 12 de junho de 1961 em Casablanca, é um designer de moda de nacionalidade israelense e americana.
Alber Elbaz, abandonou a Lanvin em outubro de 2015.
Depois de 14 anos sob o comando de Alber Elbaz, a Lanvin tem uma nova diretora criativa: Bouchra Jarrar.
A designer já trabalhou em alguns dos melhores e maiores ateliers da França e apresenta a sua primeira coleção pela label na temporada de verão 2017.
Olivier Theyskens
Olivier Theyskens nasceu em 4 janeiro de 1977 in Bruxelas, Bélgica.
Desenhou para Theory e Rochas. O estilista é famosos pelos tailleurs impecáveis).
Recentemente lançou a sua grife homônima Olivier Theyskens em Paris.
Riccardo Tisci
Riccardo Tisci nasceu 1974 em Taranto, Itália.
Assinava a coleção de Givenchy desde o verão 2006. Comenta-se que vai para Versace. Queridinho atual de Madonna.
Ivana Omazic
Passou por Celine.
Atualmente é Phoebe Philo que desenha Celine.
Phoebe Philo
Foi diretora criativo da Chloé. Substituiu Stella McCartney com sucesso e voltou a partir do verão 2006 .
Na Céline onde reergueu e reinventou a marca em oito anos de casa, está de saída.
Pediu para sair porque cansou de se dividir entre Paris (onde trabalha) e Londres (onde está sua família).
Existe uma perspectiva que ela assine a direção criativa da Azzedine Alaïa, marca do grupo Richemont desde 2007 ou substitua Karl Langerfeld, da Chanel que está pensando em se aposentar.
Christopher Bailey
Nascido em 11 maio de 1971 ele é o designer da Burberry Prorsum, que transformou o conceito da marca que era conhecida apenas pela capa de chuva impermeável.
Stefano Pilati
Stefano Pilati depois de muitos anos abandonou a Ermenegildo Zegna.
Especula-se que Alessandro Sartori, que anunciou sua saída da Berluti, possa assumir o cargo. Ele já trabalhou para a companhia de 2003 a 2011, na ZZegna.
Pilati havia entrado para a marca após deixar a Yves Saint Laurent em março de 2012.
Julien Dossena
É o novo diretor criativo da Paco Rabanne.
No time de criação desde o início de 2013, o estilista agora ocupa o cargo que até maio era de Lydia Maurer – e é a terceira nomeação da grife para essa posição em apenas três anos.
Dossena – que antes de entrar para a nova maison trabalhava ao lado de Nicolas Ghesquière na Balenciaga – também acaba de lançar sua própria marca, Atto, feita em parceria com o designer Lion Blau num mix de França nos anos 1960 e minimalismo japonês.
Se ligue nestes novos talentos
Guillaume Henry
Ele foi o estilista responsável pela revitalização de uma das mais antigas maisons da França.
Atualmente na Maison Nina Ricci. Um novo desafio na trajetória do designer.
J.W. Anderson
Não é de hoje que o estilista tem chamado atenção pelo seu trabalho que valoriza o uso das texturas e formas naturais dos tecidos além de sua androginia amorfa.
Ele assumiu a direção criativa da espanhola Loewe.
O designer conseguiu manter sua identidade e, simultaneamente, reavivar a da marca para qual trabalha.
Jacquemus
Pupilo de Rei Kawakubo da Commes des Garçons e, ao mesmo tempo, uma espécie de outsider da moda, o estilista parisiense de apenas 24 anos Simon Porte Jaquemus tem mostrado um trabalho que vem ganhando força e fôlego ao longo do tempo.
Sua ideia é brincar com a moda e fazê-la divertida sem deixar de ser usável.
Shayne Oliver
Jeanswear conceitual que se utiliza de uma linguagem streetwear.
A Hood by Air de Shayne Oliver conseguiu tirar o jeans da esfera ultra-comercial que ele sempre evoca.