Kitsch é uma palavra de origem alemã, geralmente utilizada para definir uma categoria de objetos como baratos ou de mau gosto, destinados ao consumo de massa e artisticamente inferiores.
Pode ser compreendido, livremente, como algo próximo ao exagero, ao cafona.
No livro A História da Feiúra, o italiano Umberto Eco dedica um capitulo inteiro ao tema, e defende que o “feio” também é um fenômeno cultural: o autor explica que os membros das classes mais altas sempre consideraram desagradáveis ou mesmo ridículos os gostos das classes inferiores, utilizando sua formação intelectual para ditar o que seria erudito ou mesmo de bom gosto.
Nesse sentido, o Kitsch surge como uma sensibilidade estética controversa, que por vezes produz imitações baratas de obras caras, por vezes zomba abertamente daqueles que se consideram peritos em coisas belas. Ele aparece nas artes, na literatura, no design e até mesmo na moda.
Esse “bom mau-gosto” voltou com força total, como uma excentricidade criativa que aposta em associações improváveis de cores e padronagens, enquanto critica os exageros da sociedade de consumo.
Alessandro Michele, no comando da Gucci, é um dos responsáveis por trazer essa estética de volta para os holofotes.
Com uma identidade visual fortíssima, ele mistura a opulência do vestuário italiano com bordados e texturas a la Prada, além de apostar em itens vintage e previamente considerados estranhos, exagerados ou mesmo fora de moda.
Gucci Spring Summer 2016
O “bom mau gosto” está na moda: instalação kitsch da Toilet Paper na Galeries Lafayette
Estética Kitsch: Alessandro Michele para a Gucci
A estética Kitsch vem predominando nas últimas coleções da Gucci, assinadas pelo estilista Alessandro Michelle