Ritmo da moda
É inegável que a moda acompanha o compasso da música.
Especialmente depois do surgimento dos grupos de rock, nos anos 1950.
Moda e música têm muito em comum pois ambos são símbolos da eterna rebeldia.
A moda nunca resistiu à poderosa imagem do rock e este sempre esteve colado às novidades, pois diferente de outros produtos comerciais estas duas indústrias sobrevivem de tendências que mudam sem parar, tentando agradar as gerações que se sobrepõem.
Nascidas para bailar
A atitude e os movimentos da dança interferem diretamente na elaboração de uma roupa.
O ritmo colabora na imagem e forma dos lançamentos de moda.
Desde que a dança se tornou popular, a indústria de roupas se grudou nos movimentos musicais e vice-versa.
Muitos ritmos promoveram modismos e alguns artistas famosos tiveram a participação de grandes estilistas para um apoio na comunicação visual de acordo com o estilo de cada período.
Madonna é um bom exemplo do casamento da moda com a música
Muda de look como um camaleão e espertamente tem agradado a todas as gerações desde os anos 1980.
Mas não é o único caso em que a simbiose da moda com acordes sonoros resultaram em uma poderosa composição.
Desde os primeiros anos, o espírito do rock se encaixou perfeitamente nas inspirações da moda.
Cortante, provocador e andrógino o rock reúne a energia e o risco que a moda valoriza
Nos anos 1950, as saias femininas rodadas e a calça se tornaram popular para acompanhar a coreografia do rock.
O estilo “new look” lançado por Dior se prestava perfeitamente para estes passos e o rock limpou a sofisticação do mestre e a tornou realidade.
Na década de 1960, a saia diminuiu de comprimento para dançar o yé- yé- yé e os Beatles ajudaram a difundir para o mundo a moda inglesa
Depois da passagem da banda pelos Estados Unidos, em 1964, o estilo boutique da Carnaby Street se tornou uma febre internacional e pela primeira vez o mundo ouviu falar de Mary Quant, Bárbara Hullanik (Biba), Paul Smith entre outros estilistas ingleses. Antes dos Beatles, a Inglaterra tinha a imagem da rainha.
Nos final dos anos 1960 o festival de Woodstock definiu o que seria moda dos anos setenta
O estilo hippie das bandas que se apresentaram influenciou a todos e até hoje.
No fim da década de setenta o fenômeno discoteca mudou a forma de se ver a moda
David Bowie encarnou o ícone andrógino do rock glitter e seus brilhos e bordados faiscantes invadiram a moda dia, transformando velhos conceitos de elegância. Atire a primeira pedra quem não usou meias de lurex, símbolo da discoteca.
Nos anos oitenta o rock sofisticou, assim como as roupas
Os músicos se aproximaram como nunca do fashion para atualizar seus ritmos e imagem.
A era do vídeo clipe forçava as estrelas a um visual moderno ou influente.
Em um vídeo clipe da banda Roxy Music, por exemplo, Jerry Hall e outras tops, vestem o melhor de mestres da época como Azzedine Alaïa, Halston e Yves Saint Laurent.
David Bowie ao lançar o álbum “Fashion” popularizou uma geração de novos estilistas ingleses.
https://www.youtube.com/watch?v=GA27aQZCQMk
Madonna com sua maneira pessoal acabou se tornado o símbolo da década de 1980
Também é desta época o rock Punk, eterna referência da moda que teve Vivianne Westwood como produtora visual dos lendários grupos “New York Dolls” e “Sex Pistols”. Outras batidas de rock também viram estilo nesta época: góticos, darks, skinheads, rastas, neo-romanticos, new wave, rappers e clubbers.
Nos anos noventa o grunge mudou os conceitos do rock e da moda
O rock continua a tomar a moda de assalto e nos anos 2000 ficará conhecido pelas releituras do punk, gótico, mods, rockabilly, grunge, glitter e glam rock e o hip-hop.