Dia 20 de julho completou 54 anos que o Brasil ganhou o Miss Universo
Relembre a história que fez o país ficar mais bonito
Quando Ieda Maria Vargas foi coroada com o título de Miss Brasil, em 1963, ela escondia por baixo da sua maquiagem um olho roxo.
É que antes do desfile a miss se machucou batendo bola com o primo, e precisou de muita base e corretivo para disfarçar o resultado de uma brincadeira.
Isso mostra como ela venceu o concurso de beleza de uma forma até despretensiosa.
Por isso, meses depois, quando se tornou a primeira brasileira Miss Universo, mal acreditou. “Eu olhei para o lado, olhei para o outro, e fiz: ‘Eu?’”, recorda Ieda.
O título de Miss Universo fez o mundo inteiro virar os olhos para a menina de 18 anos nascida em Porto Alegre. “Eu não estava preparada, mas a serenidade me ajudou. Até porque eu nunca pensei que fosse ganhar”, diz.
Miss Universo 1963 foi a 12.ª edição do concurso, realizada em 20 de julho em Miami Beach, Flórida, Estados Unidos.
Cinquenta misses internacionais participaram do evento, vencido pela brasileira Ieda Maria Vargas, a primeira Miss Brasil a ser coroada Miss Universo neste formato de concurso.
A primeira brasileira a ganhar um titulo deste porte foi a gaúcha Yolanda Pereira, em 1930, na primeira fase da história do concurso, que foi de 1926 a 1935, quando ele era chamado de Desfile Internacional de Beleza e também concedia o título de Miss Universo.
A terceira Miss Universo brasileira foi a baiana Martha Vasconcellos, eleita em 1968.
Desfilando em seus trajes típicos, as misses foram aplaudidas por dezenas de milhares de pessoas ao longo das calçadas da cidade. Além disso, a organização passou à imprensa informações de que, naquele ano, 50 mil jovens de cinquenta países competiram em concursos locais, estaduais e nacionais na esperança de irem ao Miss Universo, mais de 3 mil pessoas estavam envolvidas na organização em nível nacional e internacional e 455 repórteres e fotógrafos tinham sido credenciados para a cobertura, número inferior apenas aos Jogos Olímpicos.
O prêmio para a vencedora também foi substancialmente aumentado, passando para US$7500 em dinheiro, mais contratos para o mandato de um ano no valor de US$10 mil.
Devido ao calor de 32°C que fazia em Miami, durante as sessões fotográficas em trajes de banho que ocorriam em frente ao Centro de Convenções de Miami, várias candidatas sofreram de desidratação, desmaiaram e tiveram que receber socorro.
O episódio levou ao cancelamento de apresentações ao ar livre das misses para a mídia.
Algumas misses eram favoritas, como as Misses Dinamarca, Filipinas, Alemanha, Irlanda – cuja beleza era comparada a Elizabeth Taylor – e a gaúcha Ieda Maria Vargas, de sorriso largo e figura perfeita, batizada de “baby” durante o evento pela sua face de menina.
A Miss Inglaterra, Susan Pratt, acabou não competindo, depois de ser atropelada por um carro nas vésperas do concurso, quebrando uma perna e precisando ser internada num hospital.
Mesmo assim, foi apresentada ao público na noite da final, entrando no palco em cadeira de rodas.
As semifinalistas escolhidas pelo júri preliminar foram consideradas quase perfeitas e um dos melhores Top 15 da história do concurso.
Entre elas, além de Ieda e das outras dadas como favoritas, estavam Argentina, Finlândia, França, Itália, Japão, Filipinas e Estados Unidos.
Foi reportado que os dois americanos e os dois britânicos do júri queriam uma loira como vencedora da edição e a escolha feita era a Miss Dinamarca, Aino Korva, uma das favoritas e de rosto perfeito.
Porém, na noite final, um deles, o ator britânico Peter Sellers, cativado pelos grandes olhos negros e pelo sorriso de Ieda, mudou suas notas, dando nota máxima à brasileira em suas três apresentações e decidindo o título em favor dela e deixando a Miss Dinamarca em segundo lugar .
Depois do concurso, Sellers convidaria Ieda a fazer carreira no cinema e estrelar seu próximo filme, A Pantera Cor de Rosa, que ela recusou dizendo querer apenas voltar para Porto Alegre após seu mandato, casar e ter filhos; diante da negativa de Ieda, Sellers convidou Claudia Cardinale.
Assim como acontecido com a peruana Gladys Zender em 1957, o pai de Ieda não foi fácil de lidar com a organização.
Depois de várias negociações, seus pais se mudaram para Nova York para estar perto da filha durante seu ano de reinado; sua mãe chegou a fazer várias viagens com ela pelo mundo como dama de companhia.
De volta ao Brasil, Ieda foi recebida não por milhares, mas por milhões de pessoas nas ruas durante sua passagem pelo Rio de Janeiro e por sua Porto Alegre natal, numa época em que os concursos de beleza tinham a mesma importância e popularidade que uma Copa do Mundo.
Ieda Maria Vargas hoje
Uma beleza natural
Diferente das misses da atualidade, Ieda não se preparou para a passarela.
Ela foi considerada a mulher mais bonita do mundo sem nenhuma intervenção cirúrgica nem um procedimento especial no cabelo e tão pouco ficou horas na academia.
Ela, simplesmente, exibiu suas curvas naturais.
Depois de rodar o mundo, conhecer mais de 20 países, Ieda foi vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) quando tinha 55 anos.
Mais uma vez, calma e serenidade a ajudaram a superar qualquer obstáculo.
Ela abandonou Porto Alegre para ter uma vida mais tranquila em Gramado.
Aos 72 anos, Ieda preserva a mesma beleza sem intervenções estéticas nunca foram uma opção.
Para ela, envelhecer é uma grande honra, e saber respeitar a passagem do tempo é um dos segredos para ser sempre bela.
eu fui com minha mãe na exposição dos presentes que ela havia ganhado
Leila, que luxo.
Obrigado pela visita
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