Supreme é a marca americana que está revolucionando o mercado do vestuário
O assunto da “moda” é a colaboração entre Louis Vuitton e Supreme, divulgada no desfile masculino de Inverno 2018 da marca francesa em Paris.
O universo fashion dá voltas.
Em 2000, a LV processou a Supreme por usar seu logo monograma sem autorização em shapes de skate.
O INÍCIO DA SUPREME EM NOVA IORQUE
Fundada por James Jebbia em 1994 em Nova York, e com apenas 5 lojas a marca está avaliada em US$ 40 milhões.
O logo, uma caixa vermelha com a marca escrita em branco na fonte Futura Heavy Oblique, foi inspirado na arte de Barbara Kruger.
A marca abriu sua primeira loja em 1994 e cresceu nas parcerias com artistas, fotógrafos, designers e estilistas como Raekwon, Undercover, Comme des Garçons, Jeff Koons, Richard Prince, Damien Hirst, Takashi Murakami, Peter Saville, Lou Reed, Neil Young, Lady Gaga e Kate Moss.
A Supreme hoje é mais do que uma marca com algumas lojas.
Virou comunidade e subcultura.
Há grupos fechados no Facebook, como o Sup Talk, com mais de 60 mil membros que compram, vendem e trocam peças da marca.
Há colecionadores que mantém peças em galpões, cuidando do envelhecimento das roupas como se fossem vinho, para depois vender aos novos colecionadores.
E claro, há cada vez mais obcecados por qualquer coisa que a marca lance, que acampam na porta das lojas em Los Angeles, Nova York, Londres, Paris ou Tóquio.
Na véspera do lançamento da camiseta estampada com o rosto de Morrissey, cerca de 300 pessoas chegaram bem antes da loja abrir em NY.
Mas o rosto de Morrissey foi um lançamento polêmico.
Vegetariano, Morrissey renunciou à campanha após saber de uma parceria entre a Supreme e a White Castle, rede americana de hambúrguer.
FOTO DA CAMPANHA DA SUPREME COM MORRISSEY
Mas o que faz da Supreme um fenômeno do streetwear?
Manter a oferta baixa é uma maneira efetiva de criar demanda e desejo.
Assim, a Supreme se transformou de ponto de skatistas em marca cultuada em todo mundo
A marca começou lançando camisetas em baixa escala, depois moletons e suéteres.
Na sequencia vieram os sapatos em colaboração com a Nike, jaquetas com North Face e os hoodies com a Comme des Garçons.
O convite da Louis Vuitton, principal grife de luxo no globo, dá ainda mais força a esse status.
TODOS QUEREM SER SUPREME
É dessa energia que a Louis Vuitton se apropria que a mantêm viva, já que poucos skatistas teriam verba para produtos tão luxuosos.
Segundo veículos especializados, as bolsas não devem custar menos de 1000 euros.
Juntar forças com a Supreme coloca a Vuitton no radar dos consumidores millennials que as marcas têm tanto corrido atrás para conquistar.
A juventude é a chave, especialmente na China.
As peças, que incluem jaquetas, camisetas, óculos de sol, bolsas, pochetes, tags de mala, chaveiros e até shape de skate, serão produzidas em várias cores e terão distribuição calculada, afinal estamos falando de Supreme.