Vale a pena ver de novo
Na foto acima o modelo em p&b é de Geoffrey Beene e o colorido da Céline, muitos anos depois
A moda é cheia de referências mesmo nas coleções internacionais
Influências não são cópias
O projeto de lei divide opiniões. Muita gente acredita que, se aprovado, pode gerar processos insignificantes.
Do outro lado, há quem defenda que nenhum designer está livre de ter seus modelos copiados.
Essa coisa de ‘inspired’ é polêmica
Copy, inspired ou difusão de tendências?
Tudo na moda é um pouco “‘nada se cria, tudo se copia”, então fica difícil falar que não existem coisas ‘inspiradas’ ou taxar todas como ‘falsificadas’.
Se você abrir seu guarda-roupa encontrará pelo menos uma peça da moda, que provavelmente foi criada por um estilista “X” e recriada por outras tantas.
Em meio à discussão, vale relembrar o caso entre Christian Louboutin e a brasileira Carmen Steffens. O motivo da discórdia é o uso da sola vermelha, marca registrada dos sapatos da Louboutin desde 2008. O designer também processou a Yves Saint Laurent pelo mesmo motivo.
Outro caso envolvendo uma marca brasileira foi o da 284. A badalada marca lançou uma linha de “it bags” de moletom e foi proibida de comercializar o modelo Birkin, cópia do original da Hermes.
A falta de proteção aumenta a inovação
Tom Ford 2014 and Geoffrey Beene 1967
Nos Estados Unidos, os estilistas não são protegidos por não se encaixarem nos requisitos de proteção de direitos autorais, patentes ou desenhos industriais (via de regra em razão de seu aspecto utilitário e funcional).
Este contexto levantou o debate sobre o tema, principalmente com relação à necessidade e forma de proteção dos designs de moda.
Impossível não pensar em Lavoisier: “Nada se cria, tudo se transforma”
Alguns momentos “dejá vu” nas coleções brasileiras de várias temporadas
Jill Stuart X Vitorino
Quando os estrangeiros se inspiram no Brasil
Issey Miyaki (1995) X Alceu Penna (1964)
Biquíni Rosa Chá X Louis Vuitton
O gatinho que miou falso
1. Os felinos nascem de uma coleção da estilista brasileira Cris Barros em agosto de 2006.
2. Miuccia Prada, estilista da grife Miu Miu, cria modelos semelhantes em 2009. A crítica se desmancha em elogios.
3. Em maio de 2010, reconhecidamente inspirada pelos miados de Miu Miu, a loja Zara leva às araras os mesmos gatinhos.
O vale-tudo das leis fez lojas, grifes e clientes inovar nas estratégias de lançamentos
Desfiles 3D
O último desfile da grife inglesa Burberry foi transmitido em 3D para vários continentes. E mais de 20 peças de sua coleção foram colocadas à venda na internet, enquanto as modelos ainda desfilavam.
Redes sociais
O estilista Christopher Bailey conversa com fãs no Twitter e Facebook, e até pediu conselhos sobre a maquiagem de um desfile. “Rosa-velho ou castanho?”, disse no Twitter.
Faz-tudo
Para ganhar tempo, a Zara controla a cadeia produtiva. Escolhe as roupas e, em vez de mandar a costura para a China, concentra quase 100% da fabricação na Espanha, próxima dos mercados.
Da rua
Hoje, a moda vem de pesquisadores que circulam pelas ruas em busca de tendências. As novidades surgem nas cidades e as grifes as copiam.
A prática às vezes acaba deixando as tendências parecidas.