Com alcinhas finas, detalhes de renda e feito de seda ou cetim, o sensual slip dress é mais uma das provas que o estilo boudoir saiu de casa para tomar as ruas.
Começou de fininho, com os sutiãs ficando à mostra na roupa e agora com vestidos que mais parecem camisolas.
Já tem o seu Slip Dress?
No evento de lançamento de sua fragrância, a top britânica Rosie Huntington-Whiteley (foto) fez uma escolha inusitada para o red carpet: uma camisola.
Longa, em tom champagne, ela foi combinada com sandálias de salto alto, um delicado cinto marcando a cintura, gargantilha e maquiagem “nada”.
O look deu o que falar – não é sempre que as celebs vestem roupas de dormir como item fashion -, mas a verdade é que o vestido no estilo “camisola” já faz parte do universo fashionista faz tempo.
Sob o nome de “slip dress” (vestido de alcinha), é herança dos anos 1990 e possui várias adeptas dentro e fora de Hollywood.
Vale a pena investir em um slip dress
Está aparecendo nos desfiles mais influentes e nos corpos desejados das atrizes e cantoras famosas
Peça-desejo absoluto entre as modernas, o slip dress traz um perfume bordoir a qualquer produção
O slip dress é uma espécie de “camisola de sair”, feito com tecidos bem leves e fluidos e que traz bastante feminilidade e sensualidade para a composição.
Felizmente não é um item para se usar apenas no verão e além de poder ser usado sozinho, pode ganhar uma camiseta branca por baixo ou combinado com jaquetas de couro, bomber e jeans ou parkas, cardigãs e suéteres quando a temperatura baixar.
Nos pés sapatos mais fechados como os tênis All Star, Adidas ou outro modelo mais esportivo – e as botas, principalmente as de cano curto. Sapatos que mostram mais o pé ou possuem tiras – como sandálias de amarrar, reforçam a sensualidade desta modelagem.
Sucesso em 1990 o slip dress tem história
Uma das primeiras acepções do verbo “to slip”, no período medieval, tinha o sentido de “escapar, mover-se de maneira rápida e rasteira”.
Daí o sentido derivou pra “deslizar”, “escorregar”, e então pra batizarem de “slip” essa peça do vestuário feminino foi um pulo.
Afinal: a grande característica do slip é mesmo essa facilidade de vestir e usar, quase que deslizando pelo corpo.
No século XVII, a corte francesa popularizou uma versão do slip, a chemise, que as mulheres usavam não só por debaixo dos vestidos, mas também em encontros mais casuais.
Na renascença, e o slip foi substituído por todo aquele aparato pesado e complicado do espartilho + cinta liga.
Na virada do século XX, com o movimento pelo sufrágio feminino e pela libertação das mulheres, o slip trouxe liberdade e leveza ao guarda-roupa feminino.
Ao longo do século XX, ele foi mudando de comprimento e de tecido, para se ajustar às modas de cada época, até que foi sendo gradativamente substituído pela lingerie como a conhecemos hoje, em duas peças, com forro e sustentação.
A silhueta dos anos 1990 fez o “slip” brilhar, e ressurgir sem nenhum uso prático, mas como peça de atitude e versatilidade, caindo bem em looks que iam do grunge ao red carpet, de Courtney Love à Jennifer Aniston.