Plissados 2017

Como usar

Quando as propostas de moda começam a assumir estruturas pesadas e geométricas, os plissados servem de socorro para manter o equilíbrio e dar um toque de graça e jovialidade a figura feminina.

Técnica antiga de frisar pregas permanentes, que eternizou as pernas de Marilyn Monroe no filme “O pecado mora ao lado”, os plissados esculpem formas e estruturas em tecidos, favorecendo a muitos formatos de corpo.

As pregas compensam

O plissado não é costurado e sim obtido por uma técnica que “imprime” as dobras no tecido entre duas formas de papelão com vapor e ferro quente ou em aparatos têxteis de última geração.

Tecidos plissados dão leveza e romantismo ao visual e emagrecem a silhueta com as linhas verticais do pregueado.

Normalmente os plissados são usados para as saias ou vestidos, mas o estilista japonês Issey Miyake apostou na técnica para todas as peças de roupa na coleção “Pleats Please”.

Os italianos Dolce & Gabbana também emplacaram um sucesso no verão de 2000 com uma camisa toda plissada e justinha ao corpo.

Leque de opções

• Inspiradas nas dobraduras de leques os plissados tem muitas formas.
• Regra geral é que quanto maior o número de pregas, mais macia deve ser o tecido.
• O ideal são os panos com fibras sintéticas. O plissado feito em seda pura não é permanente. As dobras se desfazem em contato com a água e a roupa perde o plissado.
• Use com blusas sequinhas próximas ao corpo para equilibrar o volume criado pelas pregas.

Tire também proveito dos tecidos plissados

Seja qual o desenho das dobras, existe uma adequada a cada formato físico.

Plisse soleil ou Sunray

• Impressas em tecidos enviesados, as pregas são finas no cós abrindo em evasé na direção da bainha, exatamente como um “raio de sol”, como os nomes estrangeiros sinalizam.
• Plisse com a cintura marcada veste bem quem tem manequim até 46, acima deste tamanho é recomendável com túnicas e camisa soltas nos quadris.
• Ótimo recurso para dar movimento no andar, ideal para festas onde as danças fazem parte do cardápio.
• Use com tênis e sapatos baixos para o dia e com saltos e plataformas á noite.
• Guarde-as dentro de um canudo ou meia de nylon para não desfazer as pregas e não as dependure, pois, o enviesado cria pontas no comprimento, exigindo novas bainhas a cada uso.

Faca ou colegial

• Pregas sobre pregas com os vincos exatamente sobre o fio do tecido proporcionando um caimento reto.
• Ideal para quem tem quadris pequenos. Os tamanhos acima do 44 podem usar este tipo de pregas costuradas até os quadris ou com peça superior que cubra a região.
• Ótimas para alongar o corpo, pois dá grande ênfase á vertical.
• Pregas mais largas engordam menos que as médias e estreitas, mas “achatam” a silhueta, sendo proibida para as baixinhas.
• Em cores mais claras as pregas largas favorecem as muito magras.
• Pode se transformar de colegial para executiva num marcar de bainha.
• Use com sapatos tipo masculino, tênis, botas e saltos mais baixos durante o dia e com sapatilhas ou sapatos de bico fino e pouco salto á noite.

Conceitual

• As pregas de última geração, resultado dos lançamentos avant-garde. Usadas em diferentes direções ou para adicionar textura em formatos básicos. A inspiração pode ser de tecidos amassados ou inspirados em origames.
• Desenhos irregulares camuflam melhor que as pregas simétricas.
• Use com acessórios modernos e complementos “clean”.

Kilt

• Neste formato as pregas se localizam geralmente na frente da saia.
• Se tem problema de barriguinha ou quadris, este certamente não é o modelo ideal
• Use com sapatos tipo mocassins, tênis ou botina militar. Meias 3/4 dão um toque inovador nas pernas jovens.

Os comprimentos corretos para as saias plissadas

As saias plissadas valorizam os sapatos.

Mini

Acentua a largura dos quadris, forma um retângulo horizontal na figura

Use com sapatos baixos, plataformas ou saltos grossos.

Chanel (cobrindo o joelho)

Comprimento moderno que beneficia quase todas as proporções.

Use com qualquer sapato.

 Midi

Desequilibra a harmonia da figura. Compense com saltos ou solados médios ou baixos, e blusas que termine nos quadris.

Longa

Afina a figura. O adequado são os sapatos baixos, mas em noite de festa aumente o salto. 

Adoradores do plisse

Mariano Fortuny (1871-1949)

O espanhol Fortuny pintou e bordou em Veneza com vestidos e capas pregueadas e tingidas com corantes vegetais.

Embora a moda não ter sido a sua principal atividade- entre 1901 e 1934 registrou em Paris mais de vinte invenções em sistemas de iluminação de palcos e processos de estamparia para decoração, Fortuny foi o responsável pelo uso do plissado no século XX.

O popular vestido Delfus, uma peça de sua autoria, solta, com ou sem mangas, cilíndrica, feita de cetim de seda todo plissado por um processo patenteado em 1909, se tornou mania pois enfatizava a sensualidade do corpo feminino em movimento.

Isadora Duncan foi uma de suas clientes famosas.

Issey Miyake (1935)

Formas simplificadas, fluídas deixando adivinhar sem mostrar muito, parece ser o motivo do sucesso de Issey Miyake.

Nascido em Hiroshima, ele soube mesclar o oriente e ocidente com especial interesse a técnica, invenções e estruturas novas.