“É impossível haver progresso sem haver mudança, e quem não consegue mudar a si mesmo não muda coisa alguma”.
George Bernard Shaw

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Duas vezes por ano, vestidos suntuosos e extravagantes enchem a tela da TV, cobrem as paginas coloridas das revistas, jornais e blogs de todo mundo.

A sofisticação, a profusão de detalhes e a beleza das roupas e manequins arrancam suspiros.
A cada estação novos conceitos, texturas, cores e silhuetas.

Quando o consumidor se habitua a tendência em voga, novas idéias o convencem a mudar radicalmente. E todo mundo obedece.

Mas porque a moda muda tanto?

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Não necessitamos mais que algumas calças jeans, camisetas e casaco para esconder a nudez, além de acessórios adequados a estação.

Mas a vaidade humana sempre quer mais.
Dentro de cada um de nos existe um certo desejo de fantasia, uma inclinação a experimentar alguma coisa dramaticamente diferente da nossa realidade diária.

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Vestindo um determinado modelo podemos “desempenhar papeis”, nos projetando a estilos de vida e ambientes que tem pouca semelhança com os nossos próprios.
Quando a moda se tornou uma poderosa indústria aprendeu que as mudanças atiçariam o desejo dos consumidores e desde então as roupas não pararam de evoluir.

Um desejo a cada temporada
A moda muda em primeiro lugar por ser uma indústria que precisa vender seu produto.

Um produto mais perecível que salmon fresco.

E muitas bocas dependem destas mudanças. A moda emprega em seu ciclo milhões de pessoas e de todas as idades.

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Se os consumidores de todo mundo resolvessem manter a mesma roupa, sem investir nas novidades da moda, países como a França, Itália e a China entrariam em colapso econômico, já que os itens de moda representam uma enorme fatia do PIB de cada um deles.
As mudanças também são geradas pelas liberdades humanas que acabam expressas na maneira de vestir. Embora a moda possa ser inspirada nos anos 1960, por exemplo, a consumidora não é a mesma daquela época. Evoluiu. A fila andou!

Liberdades pessoais, tecnologia e estilo de vida influenciam novas roupas

A maneira de vestir acompanha a maneira de pensar

Não teria sentido usar a mesma roupa do passado com o mundo e nós mesmos mudando freneticamente.
E as pessoas adoram mudar. Exercitar a troca de personalidade, cor ou textura.

Somos os únicos animais do planeta que podemos ter a aparência que nos der na telha.
A moda também ajuda na autoestima. Quem já não se sentiu poderoso ao usar uma roupa impecável. Ganhamos segurança imediata.

Porém se a roupa está “fora de moda” ou inadequada aos padrões do ambiente nos sentimos a última das criaturas.
A moda tem o poder de mudar até a nossa verdade sobre roupas.

Lembro que as consumidoras das calças de cintura baixa, por exemplo, garantiram de pés juntos  que jamais voltariam a usar as cinturas altas.

Tenho certeza que tiveram que rever a blasfêmia. Bastou a cintura subir na moda para adotarem sem nem saber  porque.


É difícil ser antimoda em um mundo que valoriza as aparências.

E a moda tem um marketing poderoso.

Você pode não lembrar o nome do presidente da França atual, mas sabe de cor e salteado os principais estilistas franceses.
O que é lançado nas principais capitais da moda invadem a nossa sala ao vivo e a cores.
Ainda bem.
Já imaginou que mundo sem graça se todos vestissem iguais e sempre a mesma coisa?

Xico Gonçalves
Xico Gonçalves
Artigos: 850

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