Marion Maneker, ex-editor do “New York Magazine” diagnosticou que os homens não se vestem melhor pela falta de imaginação. Ou ficam muito arrumadinhos ou avacalhados. A falta de confiança deles em relação à moda os faz imitar uns aos outros toda a vida.
Baseado nisto editou um livro em 2002 , o “Dressing in the dark: Lessons in men’s style from the movies” (Editora francesa Assouline) que será eternamente uma referência para a elegância masculina.
Com desenhos e imagens de galãs de Hollywwod, o escritor ensina que não existe melhor inspiração para o homem moderno que o cinema.
A elegância de Steve McQueen (precursor do estilo casual chique), a sofisticação informal de Fred Astaire em “Cinderela em Paris”, o look badboy de Brad Pitt em “Clube da luta”, o estilo impecável de Cary Grant, o visual de Humphrey Bogart ou o guarda roupa de Richard Gere em “Gigolô americano” são apontados por ele como referências para encontrar o modelo correto.
Steve McQueen é considerado pelo autor um bom exemplo a seguir. Em “Crow, o magnífico” ou “Bullit” esbanja estilo e se mostra tão versátil quanto uma calça jeans.
A Meca do cinema foi pioneira a detectar novas tendências. Antes da criação do “casual day”, os galãs já iam trabalhar sem a gravata como Clark Gable em alguns dos seus filmes, em combinar tênis e terno Armani como Richard Gere, em detectar o “power dressing” em “Wall Street” ou popularizar o casual sofisticado via Cary Grant em “Ladrão de casaca”.
Mas nesta lista o autor não esqueceu os durões que revolucionaram a maneira de vestir do século vinte como Marlon Brando e James Dean. O livro também destaca o charme italiano de Marcello Mastroianni em “La Dolce Vita” e todos os filmes e figurinos inesquecíveis de James Bond.
Se o seu guarda roupa anda sem nenhum personagem principal, o cinema pode ajudar.
“A moda, afinal, não passa de uma epidemia induzida.”
George Bernard Shaw