A trend da sacola plástica
Demna Gvasalia, à frente da Balenciada e da Vetements, trouxe o irônico de volta a moda e entre a série de lançamentos “populares-chiques” estão as polêmicas sacolas plásticas
Quando algo considerado barato entra na moda, o choque é muito maior do que quando a tendência é considerada simplesmente feia.
Consideradas subversivas por muitos, as sacolas plásticas “da moda” são parecidas com as de qualquer supermercado e são caras.
E começaram a fazer muito mais sucesso do que poderíamos imaginar.
As modernas estão colocando bolsas de grife dentro dessas bolsas de plástico
A bolsa assinada de grife não poderia ser mais óbvia nesse mundo que busca exclusividade.
Nada mais único do que transformar em statement, algo que é tão banal.
A bolsa pode ter as configurações de uma de supermercado e, mesmo que não dure para sempre, vai durar muito mais do que aquela que acabou de sair das compras domésticas.
As bolsas de plástico são a tendência polêmica da vez
Para tentar entender melhor a tendência, é preciso pensar que muitas dessas novidades surgem como um antídoto a algo que é muito popular.
No caso das sacolas de plástico — e da sacola de feira da Balenciaga, era de se esperar que, em um momento em que o sonho é ter uma Birkin da Hermès, um designer antenado criaria uma bolsa-desejo que de “bolsa-desejo não tem nada”.
As pioneiras foram as sacolas parecidas com a da Ikea e vendidas pela Balenciaga que causaram furor nas redes.
Raf Simons foi o belga que originou a trend quando ainda comandava a Jil Sander, no desfile de verão 2011 da marca.
Na época, a bolsa laranja foi vendida por U$ 135 cada e esgotou imediatamente.
Os modelos em alta hoje são da Céline, assinada por Phoebe Philo, que leva o logo da marca, por U$ 590.
Recentemente, Raf repetiu seu feito ao criar uma para a loja Voo, em Berlim, por U$ 158,79.
Já a novata Marine Serre, ganhadora do prêmio LVMH, também exibiu sua novidade durante a semana de moda de Paris. Junto com sua nova coleção, ela debutou uma sacola de compras alaranjada.