Grace Kelly foi a protagonista, na vida real, de um conto de fadas
A Princesa Grace de Mônaco, ou Grace Kelly, durante o período em que foi atriz, ou Grace Patricia Kelly, nome que recebeu quando nasceu, em 12 de novembro de 1929, na Filadélfia, tinha uma elegância tão genética, que o seu visual permanece moderno até hoje.
Quando as tendências pedem classe, Grace é a maior referência
Por isto a moda sempre reverencia este mito de elegância.
Se a moda pode, você também pode.
Se está sem inspiração para a sua imagem, copie Grace.
A lição está em seus filmes.
Basta assistir qualquer uma de suas interpretações para entender sua eterna modernidade.
Com uma curta carreira no cinema, de 1951 (em Quatorze Horas , dirigido por Henry Hathaway) até Alta Sociedade , em 1956 (de Charles Walters), mais do que os 11 filmes em que trabalhou, com atuações que lhe valeram Oscar e Globos de Ouro, a atriz americana deixou um legado fashion de difícil comparação com outras celebridades, mesmo porque passou de plebeia à princesa sempre elegante, clássica e atemporal .
O Estilo Grace Kelly
- Vestidos dignos dos tapetes vermelhos atuais, acessórios glamurosos, o uso de roupas esportivas com classe e a bolsa Kelly, da Hermés, são algumas das lições de moda passadas pela princesa.
- Grace Kelly dava palpites nas roupas que usava nos filmes e conseguiu dobrar até mesmo Hitchcock para quem atuou em três produções: Disque M para Morrer (1954); Janela Indiscreta (1954); e Ladrão de Casaca (1955).
- Em Disque M para Morrer , ela convenceu o diretor inglês a não usar um vestido de veludo vermelho, mas sim um modelo tipo camisola, de renda, porque achava que era mais apropriado para a cena, que se passava à noite.
- Além dos vestido de gala e de noite que usava, Grace Kelly também difundiu o uso de roupas esportivas no dia a dia e apareceu em fotos de divulgação de filmes com calças capri, alpargartas e camisas. Peças modernas até hoje.
- Batom vermelho,colar de pérolas, óculos estilo gatinho e luvas brancas, quase inseparáveis da atriz/princesa, também faziam parte de sua indumentária, assim como os lenços e enfeites de cabeça.
- Em seu último filme “Alta Sociedade” , de 1956, cantou True Love, música que lhe valeu disco de ouro.
- Mãe de Caroline, Albert e Stephanie, a princesa morreu aos 52 anos, um dia depois de sofrer um acidente de carro em Monte Carlo, em companhia de Stephanie.
- A Faap, em São Paulo, já abrigou a exposição “Os Anos Grace Kelly”, com cerca de 900 itens da princesa e que estreou na Inglaterra em 2010, com o nome “Grace Kelly: Style Icon”.
Cliente de Marc Bohan, Dior, Coco Chanel, Cristobal Balenciaga e Hubert de Givenchy
Era cercada por grifes e estilistas que conseguiram entender o estilo e seguir a trilha do bom senso
Chanel, Balenciaga, Grès e Yves Saint Laurent foram as principais marcas que a princesa usava, além de trajes que ela mesma mandava confeccionar no palácio.
Também adorava ornar seus chapéus e popularizou a bolsa Hermès que leva seu nome, a famosa bolsa Kelly.
Armário de Grace Kelly
Sapatos
Clássicos como os scarpins, sapatos boneca ou sapatilhas rasteiras e alpargatas usadas com meias opacas brancas ou pretas
Chapéus
De abas curtas estilo anos 1950 ou faixa larga em cores mais sóbrias
Luvas
Curtinhas ou longas
Vestidos
Simplicidade é encontrada em todas as peças, com cores neutras, modelos minimalistas com manga reta e corte tradicional. Se for vestido de baile broches de pedrarias no ombro ou na cintura.
Acessórios
No estilo Grace Kelly, os acessórios são únicos. Ou seja, a princesa escolhia apenas um acessório para destoar na produção. Um bom brinco, colar ou broche provocava um verdadeiro estilo em sua roupa.
Conjuntos
A princesa amava os conjuntinhos de saia lápis e miniblazer, principalmente os de lã feito por Chanel.
Discretos, seus looks são até hoje usados por mulheres e estilistas
Seu vestido de casamento é considerado o vestido mais copiado do mundo
Hoje em posse do Museu de Arte da Filadélfia, o vestido da noiva foi criado pela figurinista Helen Rose, dos estúdios Metro-Goldwyn-Mayer, que deram a peça de presente para a atriz – em valores de hoje, o vestido teria custado cerca de R$ 184 mil.
Trinta costureiras levaram dois meses para produzir o modelo de tafetá de seda, gola alta, mangas compridas e decorado com rosas de renda Valencienne e milhares de pérolas.
A inovação ficou por conta do corpete de renda e da faixa de cetim em volta da cintura.
Uma curiosidade: Helen não era a primeira opção de Grace.
A atriz queria que a amiga Edith Head se encarregasse de seu vestido, mas acabou prevalecendo o poder da MGM.
A atriz carregava um buquê de lírios, que deixou depois da cerimônia aos pés da Santa Devota, padroeira de Mônaco.
Inúmeras tiaras de diamantes foram apresentadas a Grace, mas ela preferiu inovar ao utilizar uma toca com flores de laranjeiras na cabeça.
O véu, de 90 metros de comprimento, ganhou aplicações de renda e pérolas.
No pé direito, uma moeda de cobre foi embutida pela grife americana Evins para lhe dar sorte.
Mil e oitocentos jornalistas de todo o mundo a aguardavam desembarcar do navio S.S. Constitution, no qual ela viajou durante oito dias de Nova York até Mônaco com 50 familiares, seis damas de honra, 80 bagagens e seu cachorrinho. Oliver, presente do amigo Cary Grant.
A cerimônia do casamento religioso, no dia seguinte, reuniu 600 convidados, entre os quais as atrizes Ava Gardner e Gloria Swanson, o ator Cary Grant e o armador grego Aristóteles Onassis, que, na época, tinha grande influência em Mônaco. Ele foi um dos maiores apoiadores do casamento de Grace e Rainier, pois via na união uma forma de trazer turismo e divisas para o país, que vivia às voltas com problemas financeiros, dependia muito do cassino e tinha questões tributárias seriíssimas a resolver com a França. A princesa mudaria para sempre a cara do principado, que se tornou um destino glamoroso de festas e eventos culturais patrocinados por ela, sempre com cunho filantrópico e presença do jet-set internacional e de artistas de Hollywood.
Reflexo de uma época dominada pelo estilo “ladylike”. o vestido passou imediatamente a servir de inspiração para as noivas mais clássicas, pois é um exemplo de recato, elegância e tradição. Mas, nos anos 60, a revolução jovem e do prêt-à-porter acabou por influenciar vestidos mais minimalistas, de corte reto e simples e o modelo de Grace Kelly foi deixado de lado.
Pouca gente sabe, mas Grace Kelly usou um segundo (rosa) vestido de casamento
O conjunto é simplesmente deslumbrante.
O casamento civil aconteceu no dia 18 de abril de 1956 na Sala do Trono do Palácio de Mônaco e Grace recebeu 140 títulos de nobreza na ocasião.
Ela usou um vestido de tafetá rosa clarinho também feito por Helen Rose.
Coberto com rendas de Alençon, o conjunto de tafetá rosa chá tinha saia midi e corpete ajustado com gola arredondada, usado com um chapéu de Juliet e luvas de pelica.
O tecido foi bordado com fio de seda para um efeito brocaded.
Ao contrário de seu vestido marfim no dia seguinte, que é sucesso até hoje, o tailleur rosa pálido caiu no esquecimento
À noite, o casal participou de uma festa de gala na Ópera do principado.
Um dia antes de casar com o príncipe Rainer III de Mônaco em St. Nicholas Cathedral, Kelly disse que “Sim” pela primeira vez em uma cerimônia civil no palácio real.