Os anos 1950 estão influenciando a moda atual
Os lançamentos internacionais trazem um forte perfume dos anos cinqüenta nas modelagens e conceitos.
O estilista norte americano Michael Kors sempre foi influenciado pelos anos dourados.
Sua coleção para o verão 2015/ 16 embalou nas referências da época como você pode ver no desfile abaixo.
Mas mesmo repetindo modelagens de sucesso dos anos 1950 o estilista consegue um visual inédito.
Mas porque tanta nostalgia?
A moda é um oásis de fantasia num mundo endurecido, um instrumento catártico, que reúne criação e reflexão.
Quando os dias estão negros nada melhor que colorir com as tintas do passado.
Talvez isto explique a devoção pelos anos 1950, época de glamour e extravagância.
Sonhar não custa nada.
Como eram os “Anos dourados”
Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 1950 se tornou mais feminina e glamorosa, inspirada pelo “New Look”, de Christian Dior, lançado em 1947
Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o “New Look” Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação. A cintura era apertada e os sapatos com saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e joias.
As americanas adotaram e enriqueceram a Casa Dior.
Metros e metros de tecido (6 metros) eram gastos para confeccionar um vestido bem amplo e na altura dos tornozelos.
Alguns vestidos usavam 60 metros de tecido.
O sócio financeiro de Christian Dior era dono de uma tecelagem e por isto os tecidos foram fartamente usados.
Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 1950 e se manteve como base para a maioria das criações desse período.
Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 1950, o das ingênuas chiques, encarnado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e o estilo sensual e fatal, como o das atrizes Rita Hayworth e Ava Gardner assim como as pinups americanas, loiras e com seios fartos.
Entretanto os dois grandes símbolos de beleza da década de 1950 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, que eram uma mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e sensualidade.
As pioneiras das atuais top models surgiram através das lentes dos fotógrafos de moda, entre eles, Richard Avedon, Irving Penn e Willian Klein, que fotografavam para as maisons e para as revistas de moda, como a Elle e a Vogue.
Durante os anos 1950, a alta-costura viveu o seu apogeu.
Nomes importantes da criação de moda, como o espanhol Cristobal Balenciaga – considerado o grande mestre da alta-costura -, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina Ricci e o próprio Christian Dior deixaram essa época na mais glamourosa e sofisticada..
O grande destaque na criação de sapatos foi o francês Roger Vivier.
Ele criou o salto-agulha, em 1954 e, em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do bico chato e quadrado, entre muitos outros.
Vivier trabalhou com Dior e criou vários modelos para os desfiles dos grandes estilistas da época.
Em 1954, Chanel reabriu suas Maison em Paris, que esteve fechada durante a guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças que se tornariam inconfundíveis, como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa a tiracolo em matelassê e o escarpin bege com ponta escura.
Ao lado do sucesso da alta-costura parisiense, os Estados Unidos estavam avançando na direção do ready-to-wear e da confecção.
A indústria norte-americana desse setor estava cada vez mais forte, com as técnicas de produção em massa bem desenvolvidas e especializadas.
Na França, Jacques Fath foi um dos primeiros a se voltar ao prêt-à-porter, ainda em 1948, mas era inevitável que os outros estilistas começassem a acompanhar essa nova tendência à medida que a alta-costura começava a perder terreno, já no final dos anos 1950.
Uma preocupação dos estilistas era a diversificação dos produtos, através do sistema de licenças, que estava revolucionando a estratégia econômica das marcas.
Assim, alguns itens se tornaram símbolos do que havia de mais chique, como o lenço de seda Hermès, que Audrey Hepburn usava, o perfume Chanel Nº 5, preferido de Marilyn Monroe e o batom Coronation Pink, lançado por Helena Rubinstein para a coroação da rainha da Inglaterra.
Ao som do rock and roll, a nova música que surgia nos 1950, a juventude norte-americana buscava sua própria moda.
Assim, apareceu o estilo colegial, que teve origem no sportswear.
As moças usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.
O cinema lançou a moda do garoto rebelde, simbolizada por James Dean, no filme “Juventude Transviada” (1955), que usava blusão de couro e jeans.
Marlon Brando também sugeria um visual displicente no filme “Um Bonde Chamado Desejo” (1951), transformando a camiseta branca em um símbolo da juventude.
Já na Inglaterra, alguns londrinos voltaram a usar o estilo eduardiano, mas com um componente mais agressivo, com longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além de um topete enrolado. Eram os “teddy-boys”.
Ao final dos anos 1950, a confecção se apresentava como a grande oportunidade de democratização da moda, que começou a fazer parte da vida cotidiana.
Nesse cenário, começava a ser formar um mercado com um grande potencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos anos 1960.
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