Nunca existiram tantas marcas de luxo no mundo da moda

Independente do nosso nível de renda ou do valor que atribuímos a estar na moda, cada um de nós fica vulnerável à sedução dos símbolos de status da moda que sobrevivem graças à sociedade anônima das grandes cidades onde ninguém conhece ninguém e a maneira de vestir pode ser uma pista para uma primeira impressão.

A roupa ou grife passa a ser a forma encontrada de se comunicar com pessoas do mesmo padrão.

No tempo dos meus pais, um sobrenome já dizia tudo

Hoje já não basta.

É preciso enxergar o status através de sinais.

Uma vendedora de uma loja de luxo em São Paulo me contou que quando chega um grande executivo de outro estado ou interior para se fixar na cidade com algum cargo importante, a primeira coisa a fazer é mandar a esposa a tal loja para montar um guarda roupa de acordo com as expectativas locais.

A vendedora literalmente compõe um figurino para a cliente baseada nos mais importantes símbolos de status.

Pode parecer um absurdo para alguns, mas este é um passaporte de acesso a muitos lugares exclusivos sem passar na alfândega.

O investimento em um tailleur Chanel ou óculos Gucci avaliza a consumidora a ser membro de um grupo restrito.

Um uniforme de status que cintila uma mensagem distinta e instantânea de um privilégio econômico e social.

Ao encontrar alguém usando estes mesmos acessórios de status, existe a identificação que a pessoa compartilha dos mesmos valores e fala a mesma língua.

Até o século dezenove, as mulheres aristocráticas eram obrigadas a usar vestimentas que as enlaçavam e abotoavam firmemente para que as roupas sufocantes impedissem o trabalho físico.

Crinolinas, caudas e corpetes bem amarrados prejudicavam os movimentos e proclamavam que as bonitas tinham servos para fazer o seu trabalho e portanto deviam ser muito ricas.

Era um sinal de status que Coco Chanel modificou com o seu conceito de moda.

Substituiu o sacrifício físico pelo sacrifício financeiro impondo os dois “cês” cruzados, marca da grife.

Etiquetas a vista

                 

A principal razão de vestir roupa de estilista é que os outros vão saber que você esta vestindo uma grife.

Claro que é também pela beleza da peça, mas alguém explica o porque de todas as mulheres com poder aquisitivo circularem uniformizadas com a mesma bolsa clássica da Chanel?

Se fosse só por beleza, certamente existem dúzias de modelagens mais originais, mas só uma bolsa Chanel consegue fornecer uma comunicação imediata para todos os segmentos, até para os homens que aprenderam a sinalizar estes códigos femininos de status.

Os homens tem este mesmo tipo de preocupação com o  status, só que nos carros que escolhem.

Sou Poderosa

Até pouco tempo as mulheres mostravam o status através de joias poderosas.

Porém ficou perigoso andar com tantos quilates.

O vestuário cumpre agora este papel.

As compras revelam aos outros que esta pessoa pode se dar ao luxo de manter os caprichos da moda.

Usar grifes poderosas também oferece uma sensação de segurança em termos de moda

Existem espaços do mundo em que esta comunicação visual fecham grandes negócios.

Poderosas empresárias gastam fortunas na aparência porque isto faz parte do seu marketing pessoal.

Para uma empresária mulher não basta apenas um currículo invejável. Elas precisam mostrar também na aparência que são confiáveis e deslumbrantes!

Todo mundo sabe que uma assinatura da Prada ou Yves Saint Laurent sinaliza bom gosto.

Quem vai duvidar de algumas das etiquetas mais influentes do mundo?

Estes produtos liberam o consumidor da preocupação com escolhas próprias.

Em vez de quebrar a cabeça tentando uma afirmação no estilo que usa, tudo o que tem a fazer é escolher a marca comercial correta.

E não considere isto uma falta de personalidade.

Em muitos universos onde a aparência tem prioridade sobre o conteúdo a roupa vira um investimento, uma campanha publicitária.

Muitos profissionais de renome tem guarda roupa enxuto, mas com extrema qualidade.

Errar no figurino em alguns setores profissionais e sociais é como apresentar um belo projeto desenhado no papel de pão

Pode até ser levado a sério, mas vai ser difícil de entender.

Mas mesmo escolhendo as melhores grifes do planeta fashion é importante selecionar apenas aqueles estilos que se ajustem à personalidade de quem usa, assegurando que a sua aparência reflita um gosto e estética individual.

O bom gosto não requer que um consumidor limite suas compras a “roupa com etiqueta” identificável ou gaste uma fortuna

Bom gosto significa estar consciente consigo próprio em termos de moda e combinar de maneira criativa as propostas dos estilistas que mais refletem o visual pessoal.

Status é outro departamento.

Xico Gonçalves
Xico Gonçalves
Artigos: 850

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*