Se existe uma lã que pode ser chamada de nobre, sem dúvida é o cashmere

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O cashmere também conhecido erroneamente como cashemere ou cashemire é sucesso em todas as idades e estilos, pela possibilidade de uso nas mais diferentes ocasiões e por sua duração de anos sem sofrer qualquer dano causado pelo tempo de uso.

Roupas neste material custa caro, mas vale cada centavo no toque e na manutenção.

Bem cuidado pode virar herança.

E é sempre um status.


Cashmere é um tecido presente em vários tipos de roupa, principalmente nas de inverno.

É uma lã macia obtida do pelo das cabras da região de Caxemira no Norte da Índia, cujo fio pode ser usado puro ou misturado com outras lãs e tecidos.

O tecido original pode ser bastante caro, mas tem um toque de incrível macieza e boa durabilidade.

E exatamente pelos preços altos, que é comum encontrarmos roupas com um percentual de cashmere, e não totalmente feito dessa lã.

O cashmere ou cachemir é de fato pêlo, não lã.

É obtido da camada de subpêlo cabra Hircus (Capra hircus laniger) moradora da cordilheira do Himalaya que abrange as planícies tibetanas da região do Kashmir no norte da Índia, que dá origem ao nome da fibra, assim como parte de Pakistão, Nepal, Mongólia e China.

Essa camada de subpêlo, isola a cabra dos fríos intensos dos Himalaias, e é protegida por mais uma camada de pêlos mais grossos e ásperos: a camada de guarda, a camada de pêlo visível da cabra.

O cashmere é a fibra natural de textura mais fina, forte, leve e suave que existe.

O cashmere é várias vezes mais fino do que a seda, de alta esponjosidade, alta absorção de umidade, alta respirabilidade, e com insuperável isolamento térmico e hídrico, sendo a única fibra que reúne todas estas características conjuntamente.

O cashmere é quente no inverno, e fresquinho na primaveira e noites de verão.

Cada cabra produz uma média de apenas 200grs. por ano de esse cashmere finíssimo que deve ser colhido á mão com um pente especial por penteadores nómades no fim da primavera – começo do verão tibetano, é esso só a partir do segundo ou terceiro ano de vida.

Tendo em conta que a vida média da cabra é de sete anos, não é difícil porêm, entender porqué o cashmere é também a fibra mais cara que existe.

Para fazer um cachecol, é necessário a produção inteira de sub-pêlo de uma cabra; para um sweater de mulher de tamanho médio, é necessário a lã de quase três cabras; para um de homem, quase quatro; para um sobretudo, a produção no mínimo 24 cabras.

Como comparação, com o velo de uma ovelha merino superfino (a lã de ovelha mais fina que existe, bem mais grossa do que o cashmere), podem ser produzidos uma dúzia de sweaters do mesmo tamanho e peso.

Ao final de cada primavera – começo do verão, as cabras mudam naturalmente a camada de pêlos que foi o seu abrigo para atravessar o crudo inverno tibetano.

Esses pêlos, são colhidos a mão sem nenhum tipo de estresse para o animal, contribuindo á conservação de comunidades camponesas e sustentabilidade da produção da cabra na região.

O cashmere não é apenas uma fibra de características extraordinárias, o cashmere têm uma história

encantadora para contar que deixa a fibra ainda mais preciosa.

História de luxo

Eles são associados com o luxo, a riqueza e o glamour ainda hoje

Os xales de cashmere têm sido fabricados no Nepal e Kashmir por mil anos, aparecendo em textos do Império Mughal do século III a.C.

No século XIV, um persiano levou 700 artesãos a Kashmir, e apresentou ao Sultão umas meias feitas com a lã de cashmere.

O Sultão adorou, e considerou a proposta do persiano de iniciar uma indústria de tecidos de essa lã.

Foi assim que as roupas de cashmere viraram os vestidos preferidos da aristocracia e dos ricos do subcontinente asiático, virando um dos patrimónios culturais mais importantes de da região.

Nos séculos XVIII e XIX, durante o Império Británico no Oriente, os xales de cashmere ou pashminas

foram levados a Grã Bretanha e Europa, causando sensação entre a nobreza e a alta burguesía.

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Xico Gonçalves
Xico Gonçalves
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