Sedução à vista

Espartilhar e revelar as formas do corpo, mostrar as alças ou atilhos usando matérias primas delicadas e leves como o cetim, a renda, numa clara alusão a lingerie e aos espartilhos é uma tendência obrigatória dos novos lançamentos da moda.

Se o objetivo é seduzir ao máximo, nada é mais sexy que roupas íntimas à mostra.

Nas coleções de influentes como Miu Miu (vídeo) e Yves Saint Laurent (fotos) as lingeries voltaram a tona insinuando a silhueta e cobrindo a nudez com outras peças da roupa de baixo.

Claro que quem não quer ou não pode se mostrar tanto tem a opção das lingeries forro (forreaux) que escondem a pele, mas não diminui a sensualidade desta nova proposta.

A lingerie teve três fases distintas no uso.

A primeira por uma questão de higiene, a segunda como modeladora do corpo e finalmente a fase exibicionista que vivemos hoje.

A roupa intima deixou de ser tão intima. 

Sai de baixo

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Foi Tom Ford quem radicalizou a sedução, ao mostrar descaradamente o sutiã de renda no decote dos inúmeros vestidos de festa que desenhou para a Saint Laurent em 2003. Ele propôs um estilo de lingerie que merecia ser exibida. Uma intimidade pública.

Acertou. Há tempos a industria de sutiãs enchiam de rendas e bordados seus modelos tentando que virassem mais uma peça de vestuário.

Milan, Italy - September 24, 2015 - A model walks the runway at the Prada Spring/Summer 2016 fashion show during Milan fashion week.

 Lingerie de rua

A “lingerie-wear” já está presente no vestuário feminino há muitas décadas.

Durante os anos setenta os bodies (macaquinhos) eram uma versão cidade da roupa intima.

Depois foi a vez do corselet nos anos 1980.

Na virada do século só se falou em espartilhos e vestidos lingerie. Mas tudo era muito velado.

As mulheres tinham um certo pudor de mostrar a lingerie sem nada por cima. Temiam parecer vulgar.

Agora a moda as encoraja a mostrar a plástica conseguida na academia e nos recursos do silicone.

Como usar a lingerie cidade

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Vestidos estilo combinação

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Betty Grable, Marilyn Monroe ou Elizabeth Taylor foram algumas das estrelas que posavam de lingerie para ampliar o poder de sedução e evidenciar as curvas.

Os vestidos lingerie estão na maioria dos lançamentos para o verão 2017.

Vista o estilo combinação como vestiria um vestido social.

Se a temperatura baixar use um mantô ou estola como os estilistas atuais estão propondo.

Algumas modernas usam a lingerie sobre camisetas segunda pele. É tendência.

Use e abuse dos colares e do salto.

Para não parecer nua, outras lingeries ajudam a mascarar a nudez 

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Calcinhas

O formato das calcinhas entrou na moda e agora são chamadas de “culotte” ou “hot pants”. Vale desde a modelagem tradicional até as vitorianas cheias de babados e lacinhos.

A calcinha substitui a minissaia se o visual for vanguarda e o ambiente propício.

Pode também eliminar a transparência de vestidos ou saias e pode ser bordada, lantejoulada, estampada. Só não pode ser transparente. 

Sutiã

O sutiã é a peça que mais tempo está em evidencia.

A combinação sutiã preto com camisa branca já é um clássico, mas estilistas modernos recomendam usar o sutiã até por cima de camisetas ou malha justa de tricô.

Quem não é tão abusada pode deixar as alças à mostra ou um vistoso sutiã por baixo de uma malha de decote em “V” profundo. 

Espartilhos

Madonna incentivou ao uso e Jean Paul Gaultier recomenda há muitas estações. Modela o corpo e pode ser o detalhe principal em um vestido de festa com atilhos e tudo. 

Caraco

É o nome de batismo das blusas de alças no formato da combinação em tecidos delicados e encaixes de renda.

Use com jaqueta tipo Chanel ou com jeans. Renova terninhos e circula de dia e de noite em muitos ambientes. Clean durante o dia, pede colar e brinco quando usado de noite.

Baby doll

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A grife italiana Miu Miu (video do desfile)  vestiu baby-dolls como uma capa em cima de produções neutras.

É um novo formato de vestido ou blusas com a cintura alta, tipo império, inspirado em roupas de dormir dos anos 1960.

Se for blusa, cuide para a parte usada em baixo ser justa. Se for no formato vestido, use com meias foscas, sandálias ou botas e casaco de tricô. 

Cetim

Cetim lembra sempre roupas intimas, mas pode não só estar presente nas roupas, mas também nos acessórios.

Um sapato ou bolsa de cetim é um luxo não só para festas, mas também para um jeans ou roupas foscas.

História intima

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Apesar de muitas vezes oculta, a lingerie tem muito para contar

  • Na Antigüidade, as egípcias não usavam nada embaixo das túnicas.
  • Já as mulheres de Atenas tomavam banho nas fontes da cidade, cobrindo o púbis com um triângulo de tecido preso por fios amarrados nos quadris, tipo tanga.
  • Em Roma, pedaços de algodão, linho ou lã eram amarrados como fraldas. Faixas de pano também eram amarradas na altura dos seios.
  • Na Idade Média, a lingerie era simplesmente uma camisola longa, de mangas compridas, comum aos dois sexos, com a finalidade de evitar o contato da pele com os tecidos ásperos e pesados do vestuário da época.
  • Os sutiãs chegaram a ser condenados pela inquisição medieval.
  • O uso de um tipo de calção, inspirado nos culotes masculinos, foi introduzido no século XVI por Catarina de Médicis, que o utilizava para montar a cavalo.

vintage1920slingerie_1

  • Essa peça passou a ser usada como calcinha.
  • Nos séculos XVIII e XIX, ia até a altura do joelho e tinha uma abertura na virilha facilitando ir ao banheiro.
  • No final do século XIX, surgiu na França, o precursor do sutiã tentando oferecer mais conforto às mulheres do que o espartilho, criado na Espanha no século XVII.
  • Os primeiros modelos eram pouco inovadores e, em vez de realçar os seios, os achatavam.
  • Haviam poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças.
  • A partir da década de 1920, uma empresa americana lançou modelagens mais próximas das atuais.
  • A escassez da seda durante a Segunda Guerra Mundial favoreceu a fabricação de tecidos sintéticos, como o nylon, barateando as roupas intimas.
  • Na década de 1950, a malha de algodão passou a ser utilizada na indústria de lingerie, principalmente na confecção de calcinhas.
  • Nos revolucionários anos 1970, o forte eram as transparências no lingerie, em tecidos mais finos.
  • No começo da década surgiu a moda dos estampados e a  volta dos bordados e das rendas.
  • O clímax eram os formatos do biquíni e da tanga e a maior descoberta da década foi o sutiã moldado, eliminando  costuras e pregas nos bojos.
  • Nos anos 1980, o espaço é para a lingerie esportiva. É desenvolvido e lançado no mercado nacional, pela primeira vez, sutiã com fecho de tripla regulagem.
  • Nas últimas décadas, a lingerie passou a acompanhar ainda mais a evolução feminina inovando no estilo e tecnologia.
  • Na Antigüidade, as egípcias não usavam nada embaixo das túnicas.
  • Já as mulheres de Atenas tomavam banho nas fontes da cidade, cobrindo o púbis com um triângulo de tecido preso por fios amarrados nos quadris, tipo tanga.
  • Em Roma, pedaços de algodão, linho ou lã eram amarrados como fraldas. Faixas de pano também eram amarradas na altura dos seios.
  • Na Idade Média, a lingerie era simplesmente uma camisola longa, de mangas compridas, comum aos dois sexos, com a finalidade de evitar o contato da pele com os tecidos ásperos e pesados do vestuário da época.
  • Os sutiãs chegaram a ser condenados pela inquisição medieval.
  • O uso de um tipo de calção, inspirado nos culotes masculinos, foi introduzido no século XVI por Catarina de Médicis, que o utilizava para montar a cavalo.
  • Essa peça passou a ser usada como calcinha.
  • Nos séculos XVIII e XIX, ia até a altura do joelho e tinha uma abertura na virilha facilitando ir ao banheiro.
  • No final do século XIX, surgiu na França, o precursor do sutiã tentando oferecer mais conforto às mulheres do que o espartilho, criado na Espanha no século XVII.
  • Os primeiros modelos eram pouco inovadores e, em vez de realçar os seios, os achatavam.
  • Haviam poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças.
  • A partir da década de 1920, uma empresa americana lançou modelagens mais próximas das atuais.
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  • A escassez da seda durante a Segunda Guerra Mundial favoreceu a fabricação de tecidos sintéticos, como o nylon, barateando as roupas intimas.
  • Na década de 1950, a malha de algodão passou a ser utilizada na indústria de lingerie, principalmente na confecção de calcinhas.
  • Nos revolucionários anos 1970, o forte eram as transparências no lingerie, em tecidos mais finos.
  • No começo da década surgiu a moda dos estampados e a  volta dos bordados e das rendas.
  • O clímax eram os formatos do biquíni e da tanga e a maior descoberta da década foi o sutiã moldado, eliminando  costuras e pregas nos bojos.
  • Nos anos 1980, o espaço é para a lingerie esportiva. É desenvolvido e lançado no mercado nacional, pela primeira vez, sutiã com fecho de tripla regulagem.
  • Nas últimas décadas, a lingerie passou a acompanhar ainda mais a evolução feminina inovando no estilo e tecnologia.
Xico Gonçalves
Xico Gonçalves
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