Símbolo do mau-gosto, as bolsinhas de cintura voltaram em versões coloridas, metalizadas, estampadas

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A pochete, batizada atualmente de Belt Bag, apareceu nas coleções de várias grifes famosas e certamente vai ganhar prestígio – ainda mais com o incentivo de celebridades como Rihanna.

Acessório It

A volta da temida #pochete, by Chanel: conheça a história dessa bolsa polêmica

A pochete, que tem mais de 500 anos, ensaia sua volta triunfal

Muito famosa nos anos 1980 a pochete passou a ser símbolo brega, mas não há como negar a praticidade deste acessório, que tem história.

A volta da temida #pochete, by Chanel: conheça a história dessa bolsa polêmica

 Master at the Eyelets” – 1500/1510

No século XIIjá existiam as pochetes! Um trecho da descrição do cronista florentino Giovanni Villani (1280-1348) prova a existência da peça:

“Nesses tempos as gentes começaram a mudar de hábitos e roupas desmesuaradamente. (…) Começaram a usar roupas apertadas à moda catalã, colares e bolsinhas na cintura e na cabeça, a vestir chapéus sobre o capuz. (…)”

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Pieter Bruegel, o Velho-  A Parábola dos Cegos (1564)

No século XI bolsas retangulares eram presas aos cintos e usadas por homens e mulheres.

Mas foi no século XII que a pochete, ainda chamada de pockets, se tornou um acessório de moda e começou a ser mais elaborada e enfeitada.

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Pockets eram bolsos separados, amarrados à cintura. Gravura de Martin Engelbrecht, século XVIII.

No século XVIII a pochete ganhou um up grade e foi rebatizada de chatelâines (nome francês, alias, pochete, que vem de pochette, também é francês).

A nova versão tinha correntes de prata e era usada para carregar objetos práticos e de valor, já com status e valor fashion.

A volta da temida #pochete, by Chanel: conheça a história dessa bolsa polêmica

Chatelâines – Século XIX

Na década de 1980 e 1990 a pochete viralizou.

Em muitas cores e materiais, todo mundo usava, até se transformar em acessório brega.

Diferente de uma roupa que apenas sai de moda e vai para o fundo do armário, a pochete foi banida dos armários.

As coleções atuais e ruas descoladas trouxeram o acessório à cena

A volta da temida #pochete, by Chanel: conheça a história dessa bolsa polêmica

A peça foi ressuscitada com a onda esportiva que tomou o mundo fashion na temporada de verão 2014, quando a passarela de alta-costura da Chanel foi invadida por joelheiras, capacetes, cotoveleiras e… pochetes que logo apareceram em looks da cantora Rihanna.

Na sequencia o estilista Alexander Wang juntou o utilitarismo presente na sua coleção à praticidade de se carregar tudo em uma bolsa acoplada à cintura, e colocou os pequenos modelos de couro na passarela. Feitos para levar só o necessário.

Desde então, o acessório apareceu em marcas influentes, confirmando a tendência.

A badalada etiqueta americana Supreme criou pochetes desejo para a Louis Vuitton e para a marca própria

A pochete 2018 têm opções despojadas e chiques, depende do material, tamanho e formato.

Quem ainda não está convencida, escolha um modelo pequeno e em cor neutra, como preta ou marrom.
Qualquer bolsa pode virar pochete, é só ser pequena e estruturada
Invista em modelos clean, não tão volumosos ou com materiais esportivos.
Combina com jeans, shorts e até vestidos
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Moschino 2015
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Chanel alta costura verão 2014
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Elizabeth & James verão 2015
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Rag Bone inverno 2015
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Alexander Wang e Moschino
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Nasti Gal
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Louis Vuitton
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Tory Burch